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  • Foto do escritorRafael Torres

15 Sinfonias Injustiçadas

Vamos fazer um pouco de justiça histórica aqui. É uma primeira leva de sinfonias subestimadas. Há muitas mais. Vamos dividi-las em 3 categorias: de compositores que não são muito tocados; de compositores que são muito tocados, mas são conhecidos por outras obras; e, finalmente, sinfonias que a gente quase não vê gravadas, a despeito de sua qualidade.


Cada uma dessas categorias suporta dois ou três artigos. Sugerimos que escolha uma e tente escutar. Verá que maravilha. A primeira leva, essa aqui, é de compositores que (ao menos em sinfonias) não são muito tocados, ou seja, a primeira categoria. Alguns deles são, sim, presença constante nas salas de concerto, mas merecem ainda mais. E todos são músicos representativos e reconhecidos hoje. Precisam só de um empurrãozinho da Arara.


A Arara fez um esforço hercúleo e colocou em ordem cronológica de composição.


E como somos uma corporação comprometida, fizemos a Playlist no Spotify:



 

Franz Berwald (1776-1868) - Sinfonie Singuliére (Nº 3) (1845)


O compositor sueco Franz Berwald, o Conde Drácula aí ao lado, foi construtor de 4 sinfonias muito importantes no romantismo. A cada uma delas deu um nome (na ordem): Sinfonie sérieuse, Sinfonie capricieuse, Sinfonie singulière e Sinfonie naïve. O fato de estar fora dos principais centros musicais da época (Paris, Viena, Berlim, Hamburgo...) fez com que o sueco não fosse um compositor muito apreciado em vida. Desde que morreu, porém, sua popularidade aumentou. A Terceira Sinfonia, a Singular, só foi estreada 37 anos depois da morte do compositor. Talvez seja a mais popular dele.


É uma beleza de obra, que hoje tem defensores como os maestros Herbert Blomstedt e Thomas Dausgaard.


Sua orquestração é sutil, seu trabalho temático é extremamente elaborado, é uma obra leve e melódica. É um trabalho sobretudo gracioso e fácil de gostar. Tem três movimentos e dura cerca de meia hora:

  1. Allegro fuocoso

  2. Adagio - Scherzo (Allegro assai) - Adagio

  3. Finale: Presto

Gravação recomendada - Orquestra Nacional da Rádio Dinamarquesa, regida por Thomas Dausgaard (2008)



 

Alexander Borodin (1833-1887) - Sinfonia Nª 2 (1876)


O químico e compositor russo Alexander Borodin era um membro do "Grupo dos 5", os 5 compositores russos nacionalistas responsáveis por criar e difundir uma linguagem musical clássica daquele país. Sua Sinfonia Nº 2, em Si Menor, é o seu trabalho mais longo (ele escreveu 2 sinfonias) e tem 4 movimentos. Tomou-lhe cerca de 6 anos para terminar. Primeiro, porque o trabalho é complexo, especialmente em sua estrutura. E segundo, porque Borodin tinha uma respeitada carreira como químico que lhe tomava um bocado de tempo.


Essa obra é bem mais densa do que a anterior e, para falar a verdade, já foi gravada uma porção de vezes. Mas, como sempre, bem menos do que deveria. Todos os movimentos são bastante instigantes. O 3º, Andante, com sua melodia na clarineta acompanhada pela harpa, é belíssimo e magistralmente orquestrado.


Seus 4 movimentos são:

  1. Allegro moderato

  2. Scherzo. Molto vivo

  3. Andante

  4. Finale. Allegro

Gravação recomendada: Um CD interessantíssimo comparando as versões de Kleiber pai e filho: Carlos Kleiber, com a Sinfônica da Rádio de Stuttgart (1972) e Erich Kleiber, regendo a Orquestra Sinfônica da NBC (1947)



 


Alexander Glazunov (1865-1936) - Sinfonia Nº 4 (1893)



Alexander Glazunov era um talento. Foi criança prodígio, compondo, aos 14 anos, obras sinfônicas que ipressionavam Balakirev e Rimsky-Korsakov, seus compatriotas russos.


Era regente, também, mas isso é um caso à parte. Bêbado, regeu tão mal a estreia da 1ª Sinfonia de Sergei Rachmaninoff que esta foi um fracasso, levando o depressivo gigante a ter um bloqueio criativo de mais de três anos.


Glazunov compôs 8 Sinfonias, iniciando, ainda uma nona. Selecionamos a 4ª, em Mi Bemol, por sua irresistível coloração orquestral e por ser a primeira em que ele evolui de um nacionalismo óbvio para uma linguagem mais pessoal.


Repleta de belas melodias, a 4ª sinfonia tem 3 movimentos:

  1. Andante - Allegro moderato

  2. Scherzo

  3. Andante - Allegro


Gravação recomendada - Neeme Järvi, regendo a Sifônica de Bamberg (1986)



 


Josef Suk (1874-1935) - Sinfonia Asrael (Nº 2) (1906)


A funesta Sinfonia Asrael, a e última de Josef Suk começou a ser composta em 1905 como um lamento pela morte do grande compositor Antonín Dvořák, seu sogro. Ocorre que, durante a composição, sua esposa Otillie também vem a falecer, tornando Asrael uma dupla e dolorosa homenagem fúnebre a duas pessoas amadas pelo compositor.


Vale lembrar que a República Tcheca produziu dois músicos chamados Josef Suk: o compositor em questão, genro de Dvořák; e um violinista, um dos maiores do Século XX, seu neto.


Trata-se, como não poderia deixar de ser, de uma obra densa e profunda, bem distante da Sinfonie Singulière de Berwald, que abriu esta lista. Na tradição islâmica, Asrael era o anjo responsável por carregar a alma dos mortos. Na tradição judaica, ou seja, no Velho Testamento, ele é o anjo da morte.


A orquestra é relativamente grande, como era padrão no começo do século XX, contendo flautim, corne inglês, clarone, contrafagote, 6 trompas e bastante percussão, além da orquestra "tradicional".


Longa, tem 5 movimentos e o Adagio (4º) é uma bela homenagem a Ottilie.

  1. Andante sostenuto

  2. Andante

  3. Vivace

  4. Adagio

  5. Adagio e maestoso

Gravação recomendada - Filarmônica de Helsinki, regida por Vladimir Ashkenazy (2009)



 

Charles Ives (1874–1954) - Sinfonia Nº 3 "The Camp Meeting" (1910)



As 4 Sinfonias do compositor estadunidense Charles Ives figuram entre as obras sinfônicas mais importantes do seu país. Mesmo assim, graças à sua linguagem moderna e difícil, não são muito executadas. Talvez a mais conhecida seja a , de 1902.


Mas a 3ª "The Camp Meeting" é dissonante e magistralmente escrita. Ives faz uso de seus experimentalismos pessoais, destacados dos europeus: compunha em duas tonalidades simultâneas, utilisava temas e harmonias baseados no canto dos negros americanos e fazia métricas contraituitivas.


É uma sinfonia nostálgica, em que ele evoca os antigos acampamentos de sua infância. O caráter é, portanto, leve, mas estranho.


Ives foi o maior compositor que não era compositor dos Estados Unidos. Ele era de uma família rica, e compunha por prazer, sem se preocupar em agradar público nenhum. O resultado é que era desconhecido enquanto jovem, vindo a ganhar um destaque tardio quando foi "descoberto". Tinha uma personalidade interessante e era a favor da abolição da escravidão.


A sinfonia só seria estreada em 1946. É escrita para uma Orquestra de Câmera, ou seja, uma que tem menos instrumentos de cordas, apenas 1 de cada madeira (flauta, oboé, clarinete e fagote), 2 trompas, 1 trombone e sinos.


Tem 3 movimentos e dura cerca de 20 minutos:

  1. Old Folks Gatherin' – Andante maestoso

  2. Children's Day – Allegro

  3. Communion – Largo

Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica de Saint Louis, regida por Leonard Slatkin (1992)



 

Albert Roussel (1869--1937) - Sinfonia Nº 2 (1921)



Um dos mais importantes compositores franceses do entreguerras, Albert Roussel não é tão tocado quanto, digamos Arthur Honegger, um compositor que trabalha em esferas semelhantes. Mas sua obra, embora difícil de penetrar, é concisa, esteticamente perfeita e profundamente comprometida em expressar sentimentos e sensações humanas.


Suas sinfonias mais conhecidas são a e a (são 4 no total), mas acontece que a 2ª, em Si Bemol Maior, Op. 23, é mais eloquente, sondando mais fundo na nossa alma.


De caráter misterioso, sempre em movimento (a atividade motora é muito importante em Roussel), ela vai penetrando, perturbando e inquietando o ouvinte.


O crítico David Hurwitz garante que é a maior sinfonia francesa já escrita, incluindo as de Berlioz e César Franck.


Tem 3 movimentos e dura mais de 40 minutos.

  1. Lent

  2. Modéré

  3. Très Lent

Gravação recomendada - Orquestra Nacional Real Escocesa, regida por Stéphane Denève (2008)



 

Carl Nielsen (1865-1931) - Sinfonia Nº 5 (1922)


Uma das sinfonias mais gravadas e apreciadas dessa lista é a 5ª, de Carl Nielsen, completada em 1922. O compositor dinamarquês escreveu 6 sinfonias. A inclusão da se deve ao fato de não ser, nem de longe, tão conhecida quanto as de Brahms, Beethoven, Tchaikovsky e outros.


Com apenas 2 movimentos, durando cerca de 33 minutos, o primeiro movimento começa calmo, plácido, com uma alternância importante de duas notas. Dessa alternância parece nascer um tema-vírus, que vai invadindo e tomando conta da obra (clarinete e flauta).


De súbito, ainda no primeiro movimento, surge um adagio de beleza cativante e irresistível. No ápice do movimento, temos um duelo entre a orquestra e uma caixa-clara extraviada. Marcado "cadência ad lib.", o instrumentista deve tocar notas não escritas e se antepor ferozmente à orquestra.


O segundo movimento é densamente contrapontístico, com uma escrita orquestral difícil e repleta de contrastes e estranhamentos entre os instrumentos. É uma bela sinfonia a se conhecer.


Os dois movimentos são:

  1. Tempo giusto—Adagio non troppo

  2. Allegro—Presto—Andante un poco tranquillo—Allegro

Embora tenha, formalmente, 2 movimentos, cada um tem mais de uma sessão, de modo que podemos identificar 5 sessões, tocadas sem interrupção.


Gravação recomendada - Filarmônica de Nova Iorque, regida por Leonard Bernstein (1962)



 

William Walton (1902-1983) - Sinfonia Nº 1 (1935)



William Walton é um dos compositores ingleses mais importantes do século XX. Sua 1ª Sinfonia, em Si Bemol Menor é sua obra mais conhecida. E uma sinfonia dramática e considerada um dos maiores exemplos de escrita sinifônica ingelsa.


Agitada e turbulenta, sua escrita orquestral é magistral, bem como sua esturuta. A gestação da obra foi longa, tendo ele começado em 1932 e parado em 1934 devido a um bloqueio criativo. Ela só foi finalizada em 1935.


De orquestração densa, é permeada por acordes cheios e dissonantes.


Tem 4 movimentos e dura cerca de 45 minutos. Os movimentos são:

  1. Allegro assai – Poco meno mosso – A tempo, agitato – Poco meno mosso – Agitato poco a poco – Animato

  2. Scherzo: Presto con malizia

  3. Andante con malinconia

  4. Maestoso – Allegro, brioso ed ardentemente – Vivacissimo – Agitato – Maestoso

Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Colin Davis (2006)



 

Ralph Vaughan Williams (1890-1959) - Sinfonia Nº 4 (1943)


As Sinfonias do inglês Ralph Vaughan Williams entraram no repertório comum das orquestras, ainda que tardiamente. Ao menos algumas delas, as que podemos chamar de sinfonias calmas. A 4ª, em Fá Menor, é um caso à parte. É agitada e densa. Seus colegas Malcolm Arnold e William Walton, tinham como certo que era a maior sinfonia desde Beethoven.


É a primeira sinfonia do compositor sem título: As primeiras tinham sido a "A Sea Symphony", "A London Symphony" e "A Pastoral Symphony". Com a 4ª ele queria criar uma música destituída de programas e imagens externos, o que ele chamou de música pura.


De escrita orquestral brilhante, destaca-se do restante do corpo de sinfonias do compositor, a maioria calma e contemplativa. A se vale de dissonâncias e de escrita agressiva.


Tem 4 movimentos e é assolada por uma atmosfera atormentada, dramática.

  1. Allegro

  2. Andante moderato

  3. Scherzo: Allegro molto

  4. Finale con epilogo fugato: Allegro molto


Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Antonio Pappano (2021)



 


Heitor Villa-Lobos (1887-1959) Sinfonia Nª 6 "Sobre a Linha das Montanhas do Brasil" (1944)



Uma das mais bem-sucedidas das 15 Sinfonias do brasileiro Heitor Villa-Lobos, a foi lograda utilizando o seguinte recurso: Villa desenhou num papel o contorno das montanhas de Belo Horizonte e transformou tudo em melodia. É um exercício divertido, quando a montanha sobe, a melodia sobe etc. Esse processo, ele chamava de "milimetrização", e já havia usado em sua peça para piano "New York Skyline", de 1942. A genial sinfonia é de 1944.


Tem 4 movimentos e não dura meia hora.

  1. Allegro non troppo

  2. Lento

  3. Allegretto quasi animato

  4. Allegro


Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo, regida por Isaac Karabtchevsky (2012)



 

Camargo Guarnieri (1907-1993) - Sinfonia Nº 2 "Uirapuru" (1945)



Camargo Guarnieri era uma espécie de superdotado musical. Nasceu Mozart Guarnieri, mas quando iniciou sua carreira musical, adotou o nome de solteira de sua mãe, para evitar comparações. Suas peças eram altamente evocativas. A Sinfonia "Uirapuru" faz referência ao lendário pássaro amazônco de que, quando se escuta o canto, dizem lendas, fica-se louco.


Percussiva no início, a sinfonia tem uma escrita orquestral absolutamente genial. É uma pena que Guarnieri só seja gravado (e pouco) no Brasil.


O segundo movimento começa com um solo de corne inglês, ao que se junta o fagote, depois a flauta e o clarinete. É de uma beleza encantadora.


São 3 movimentos, durando cerca de 28 minutos.

  1. Enérgico

  2. Terno

  3. Festivo


Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica de São Paulo, regida por John Neschling (2001)



 

Aaron Copland (1900-1990) - Sinfonia Nº 3 (1946)



O compositor norte-americano Aaron Copland terminou sua e última sinfonia em 1946. É considerada a síntese da sinfonia norte-americana, com sua atmosfera heróica e saudável.


Nós brasileiros costumamo achar que nossos compositores não são muito tocados no exterior (à excessção de Villa-Lobos), mas os americanos sentem o mesmo. Se excluírmos o balé Appalachian Spring e o Concerto para Clarinete de Copland, poucas de suas músicas atingiram relevância mundial.


Mas é uma bela sinfonia, magistralmente escrita, sem sinal da tendência bélica do compositor, sem ser simples demais... Vale notar que ele usa temas de uma de suas obras mais conhecidas, a Fanfarra para o Homem Comum.


Tem 4 movimentos e dura quase 35 minutos.


  1. Molto moderato

  2. Allegro molto

  3. Andantino quasi allegretto

  4. Molto deliberato – Allegro risoluto


Gravação recomendada - Filarmônica de Nova Iorque, regida por Leonard Bernstein (1985)



 

Bohuslav Martinů (1890-1959) - Sinfonia Nº 6 "Fantaisies Symphoniques" (1953)



Esta absolutamente moderna sinfonia do composito tcheco Bohuslav Martinů, sua e última, traz uma linguagem nova, tanto no uso da orquestra quanto na declaração dos temas e na forma.


Martinů a dedicou ao maestro Charles Munch e à Siinfônica de Boston, que fizeram a estreia, em 1955, no 75º aniversário da orquestra.


A orquestra é um pouco reduzida - Martinů costumava usar piano e harpa em suas sinfonias, e os suprime aqui.


Quanto à forma, o compositor afirma que logrou algo inédito: embora não soubesse explicar o quê, algo dava forma à obra. A cuidadosa elaboração de texturas orquestrais, com uma orquestra não muito grande, é prodigiosa. O clima é de fantasia, quase de delírio.


Tem 3 movimentos e dura cerca de 27 minutos:

  1. Lento—Allegro—Lento

  2. Poco allegro (4/4)

  3. Lento


Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica da BBC, regida por Jirí Belohlávek (2010)



 


Ernest Bloch (1880-1959) - Sinfonia em Mi Bemol (1955)



O compositor judeu-suíço-americano Ernest Bloch era um grande orquestrador. Sua Sinfonia em Mi Bemol não é tão conhecida, mas deveria. Ele é conhecido por sua Rapsódia Hebraica Schelomo, para violoncelo e orquestra, de 1916 e por uma série de concertos - inclusive concertos grossos, para mais de um instrumento solista.


E, de fato, a sua última sinfonia, essa em Mi Bemol, foi concebida inicialmente como um concerto. É uma obra que pode-se considerar transcendental, com uma escrita etérea e um estilo que se distancia de rótulos. É uma obra de sua maturidade.


Tem 4 movimentos relativamente curtos e dura cerca de 25 minutos.


  1. Tranquillo - Allegro deciso - Tranquillo - Allegro deciso - Tranquillo

  2. Allegro

  3. Andante

  4. Allegro deciso


Gravação recomendada - Royal Philharmonic Orchestra, regida por Dalia Atlas (1996)



 

Claudio Santoro (1919-1989) - Sinfonia N º 9 (1982)



Das 14 sinfonias do compositor e regente brasileiro Claudio Santoro, poucas ainda foram gravadas. Chamou-nos a atenção a . Altamente criativa, com uma escrita orquestral não óbvia e harmonias perturbadoramente dissonantes, ela cria um clima misterioso e profundo, aberto a infinitas interpretações.


Alterna momentos de placidez e beleza melódica com fúria e transgressão, sendo totalmente imprevisível. É uma obra de difícil apreciação, mas de fina escrita. Caso resolva insistir nela, será recompensado.


Tem 4 movimentos e dura cerca de 25 minutos.


  1. Andante - Allegro molto

  2. Andante (con moto)

  3. Scherzino

  4. Allegro


Gravação recomendada - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regida por John Neschling (2006)



 


Malcolm Arnold (1921-2006) - Sinfonia Nº 9 (1986)



O compositor inglês Malcolm Arnold escreveu sua Sinfonia Nº 9 em 1986, na sua maturidade. É uma obra de instrumentação sutil, com menos efeitos orquestrais e mais duetos ou trios timbrísticos entre os instrumentos.


Isso torna a obra um pouco mais fácil de se escutar, mesmo não sendo povoada de elementos melódicos. É, na verdade, um tanto rítmica, mesmo que utilize a percussão de maneira leve.


Seu último movimento é monumental e dura, sozinho, uns bons 24 minutos. Mesmo assim, ele não se apressa, tomando o tempo que lhe é necessário para apresentar o que tem que apresentar. E em nenhum momento, é cansativo.


É uma obra contemporânea que tem muito a oferecer ao ouvinte, tanto no modelo estrutural quanto nas escolhas instrumentais.


Tem 4 movimentos e dura mais de 45 minutos.


  1. Vivace

  2. Allegretto

  3. Giubiloso

  4. Lento


Gravação recomendada - Orquestra Filarmônica da BBC, regida por Rumon Gamba (2001)


 

Como sempre, sinta-se encorajado a comentar, sugerir, criticar, elogiar, desabafar ou, simplesmente, trocar uma ideia.



Algumas postagens importantes, quadro que ficará sendo eternamente atualizado.


Uma opção para o dilema de tocar ou não Música Russa nos concertos hoje em dia.



Aqui, 10 Livros Sobre Música Clássica


As Melhores Orquestras do Mundo:



Perfil da pianista portuguesa Maria João Pires, postagem da nossa correspondente prodígio lusitana Mariana Rosas, do Blog Pianíssimo (www.pianissimo.ovar.info).


Perfil da violinista francesa Ginette Neveu, falecida aos 30 anos em um acidente de avião, em 1949.


Perfil do pianista brasileiro Nelson Freire, considerado um dos maiores dos tempos modernos e falecido em 2021.


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