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  • Foto do escritorRafael Torres

Vamos entender a Orquestra Sinfônica

Essa postagem está atrasada. Devemos urgentemente compreender como é uma orquestra. No sentido mais básico: que instrumentos a compõem. A orquestra sinfônica moderna - usamos a designação sinfônica para distinguir de uma orquestra de câmara - é um equipamento que foi evoluindo a partir dos consorts na música renascentista e barroca. No classicismo (Séc. XVIII) ela foi estabelecida como o conjunto padrão para execução de sinfonias e óperas. Mas no romantismo (Séc. XIX) ela ainda foi se dilatando, novos instrumentos sendo acrescentados e instrumentos preexistentes sendo aumentados em quantidade.


Observe os dois conjuntos abaixo.


Orquestra do New England Conservatory
Orquestra do New England Conservatory
Early Music Consort, de David Munrow
Early Music Consort, de David Munrow

O primeiro é uma orquestra sinfônica moderna (também chamada de orquestra sinfônica romântica, pois foi no romantismo que ela adquiriu as proporções de hoje). O segundo é um consort dedicado à execução de música medieval e renascentista. A organização, os instrumentos usados e a quantidade de instrumentos nos dão a diferença entre um conjunto de câmara e uma orquestra sinfônica.


Vamos tomar um exemplo de sua evolução. Na época de Beethoven, os primeiros violinos podiam ser apenas 4 ou 6. Hoje são 14. Tocando a mesmíssima coisa. Daí temos mais 12 segundos violinos (que se comportam como um naipe à parte, tendo pouco a ver com os primeiros), 10 violas, 8 violoncelos e 6 contrabaixos. Isso, para que se toque hoje uma obra de Beethoven. Lembrando que o mesmo Beethoven, em 1800 tinha que se contentar com seus 4 primeiros violinos.


Além disso, temos os sopros, que são divididos em 2 categorias: as madeiras (flautas, clarinetes, oboés e fagotes) e os metais (trompas, trompetes, trombones e tuba). Temos também as percussões, que são variadas, mas cujo principal instrumento são os tímpanos. São de dois a cinco tambores que formam a alma percussiva da orquestra.

Os Instrumentos


A orquestra atual se configura da seguinte maneira: 14 primeiros violinos; 12 segundos violinos; 10 violas; 8 violoncelos; 6 contrabaixos; 2-3 flautas; 2-3 oboés; 2-3 clarinetes; 2-3 fagotes; 4 trompas; 3 trompetes; 3 trombones; tuba e tímpanos.

Além desses, temos os instrumentos ocasionais, pois o fato é que cada obra pede uma orquestra diferente: o corne inglês, o contrafagote, o clarinete baixo, o clarinete em mi bemol, o flautim, o piano, a celesta, as harpas e diversos instrumentos de percussão.


Existem algumas formas de dispor, em uma meia-lua, em frente ao maestro, os instrumentos. Mais algumas dessas formas já estão mais consolidadas. Veja a seguir um cenário possível:

Já no Século XX, ainda mais instrumentos foram se adicionando, como o saxofone, o theremin e outros, mas sempre como instrumentos ocasionais.


Temos aqui um belo panorama do que é uma orquestra sinfônica.


A organização


O maestro e o diretor musical são as presenças mais fortes na orquestra. O primeiro violino, chamado Spalla (ele fica imediatamente à esquerda do regente), assim como o primeiro intrumentista de cada naipe tem sua importância, também. Eles podem ditar as articulações, as arcadas (se uma nota é atacada com a ponta do arco ou com a parte perto da mão) etc.


Além disso, várias orquestras estão ligadas a sociedades filarmônicas, que são o que podemos chamar de patrocinadores.


Não existe diferença entre Orquestra Sinfônia e Filarmônica. Muitas cidades, como Londres, Berlim e Viena, têm uma Sinfônica e uma Filarmônica. Hoje em dia é só para diferenciar uma da outra.


Veja nessa postagem as mais importantes orquestras do nosso tempo.


E aqui, aprenda um pouco sobre as orquestras que tentam resgatar a maneira de fazer e de tocar no período barroco e clássico.


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