Música de Rafael Torres e Alan Mendonça
Uma das minhas primeiras músicas, eu devia ter 18 anos. Comecei a compor exatamente aos 15. Fiz um punhado de canções e sempre gravava no estúdio do Alencar, o Cacá. Mas sempre não pra lançar. O primeiro disco mesmo foi Interiores, que saiu em 2008, quando eu tinha já meus 27. Tinha músicas antigas como essa. Ela não abriu minha parceria com o Alan, mas é a mais bem sucedida. Foi gravada por Eugênio Leandro e por Marcus Caffé. A forma original dela é de maracatu cearense, mas só nós, os Argonautas, a gravamos assim.
Cataventos
Rafael Torres e Alan Mendonça
Vamos, morena,
Assistir àquela história no cinema
E sorrir quando tudo terminar
Vamos reinventar
Um violão desafinado em noite de luar
Enquanto a cidade dorme
A gente espera a sorte chegar
Que como o trem e a morte
Não vem
Vamos então, morena,
Partir pra outro bar outro cinema
E aplaudir quando o palhaço chorar
Vamos nos inventar
Como sóis desmaiados em noite de luar
Enquanto a novidade se demora
Agente bebe outra, à companheira morta por
Acompanhar o trem da história
Sem documentos, em mil cataventos voar
A morte vai nos encontrar a sorrir
Porém no bar passa um trem
Com olhos pro mar
Meu bem